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Artroscopia de ombro

Artroscopia de ombro é uma cirurgia minimamente invasiva, ou seja, que não necessita de incisões ou cortes grandes na pele do paciente. São feitos apenas de 2 a 4 pequenos furos de até 2 cm cada, causando o menor dano possível as estruturas do corpo.

Pelos “furinhos” feitos pelo médico, passa-se uma pequena câmera capaz de ampliar em até 8x a imagem, permitindo ao cirurgião ortopédico identificar as lesões presentes na articulação do ombro. Uma vez identificada a lesão, o cirurgião realiza o seu reparo.

Normalmente são utilizadas âncoras, que são pequenos parafusos que variam de 2 a 5 centímetros usados para reinserir os tendões ou ligamentos lesionados às estruturas ósseas. As âncoras atuais e mais modernas são de material absorvível, ou seja, após a cicatrização das lesões o próprio organismo as absorve.

Indicações para artroscopia do ombro

  • Paciente com lesão total dos tendões do manguito rotador.
  • Pacientes com lesões parciais que não respondem ao tratamento conservador com fisioterapia e anti-inflamatório por mais de 3 meses.
  • Pacientes com síndrome do impacto refratário ao tratamento conservador com fisioterapia, anti-inflamatórios e infiltrações.
  • Pacientes que não tenham contraindicações sistêmicas.
  • Pacientes com lesão do cabo longo do bíceps.
  • Capsulite adesiva sem melhora com fisioterapia por mais de 12 meses.
  • Instabilidade glenoumeral (quadros em que o paciente tem repetidas luxações do ombro).

Anestesia

A anestesia para cirurgia de artroscopia do ombro é o bloqueio de plexo braquial associado a anestesia geral. Com o bloqueio o paciente fica sem dor por até 24 horas. A anestesia geral é utilizada porque, durante o procedimento, o paciente fica deitado de lado na mesma posição durante todo o tempo, o que torna-se desconfortável caso esteja acordado. Além disso, a anestesia geral é muito mais segura e proporciona uma melhor recuperação.

Internação e pós-operatório

Na artroscopia do ombro, o paciente fica menos de 24 horas é internado. O paciente interna horas antes da cirurgia, e recebe alta hospitalar no dia seguinte pela manhã.

As quatro primeiras semanas

No pós-operatório o paciente já sai da sala de cirurgia utilizando tipoia velpeau. Deve permanecer o uso da tipoia, em média, durante 4 semanas, período necessário para as lesões cicatrizarem.  Nesse período o paciente deve realizar movimentos com o cotovelo e as mãos, sem movimentar os ombros.

De 4 semanas a 3 meses

Devido às 4 semanas de imobilização iniciais, nessa segunda fase a articulação do ombro estará rígida. Nosso objetivo então é ganhar amplitude de movimento, fazendo com que o ombro volte a ter seus movimentos normais. Para tanto, utilizamos 2 estratégia: Fisioterapia motora – nessa fase com movimentos passivos, ou seja, com a ajuda do outro braço ou do fisioterapeuta. 

Após 3 meses

Três meses após a artroscopia de ombro, iniciamos o trabalho para ganho de força. Após a retirada da tipoia, o paciente inicia com movimentos pendulares e fisioterapia analgésica e motora. Nesse período o paciente sempre deve realizar movimentos passivos, ou seja, sem utilizar a força do braço operado, sendo ajudado pelo fisioterapeuta ou o braço contralateral.

Riscos e complicações

Artroscopia de ombro é um procedimento de baixo risco, minimamente invasivo, que apresenta taxa de sucesso que vai de 70% a 98%, a depender da extensão e tempo da lesão, bem como de comorbidades associadas (tabagismo, diabetes, cirurgia bariátrica prévia). A taxa de complicação é inferior a 2%, podendo incluir infecções e capsulite adesiva.

Outros tratamentos utilizado para:

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